Minha declaração de voto no segundo turno
Por considerar que o voto nulo tende a contribuir com a vitória de um modelo reacionário para o Brasil, optei pelo apoio e voto para Dilma
21/10/2010
Marcelo Freixo
A Executiva Nacional do PSOL, reunida em São Paulo no dia 15 de outubro, deliberou por “nenhum voto em Serra”. Título inclusive que abriu a nota que apresenta a decisão desse espaço dirigente do nosso partido. Na resolução, o PSOL apresenta duas opções para sua militância: o voto nulo e o voto crítico em Dilma.
Por considerar que o voto nulo, nesse momento de grande acirramento e de rebaixamento dos debates programáticos, tende a contribuir com a vitória de um modelo reacionário para o Brasil, optei pelo apoio e voto para Dilma. Não fiz isso sozinho. Estou junto com Chico Alencar, Milton Temer, Jefferson Moura (presidente estadual do PSOL-RJ), Jean Wyllys e com boa parte do nosso mandato.
Trata-se, sim, de um voto crítico. Um voto de quem se manterá na oposição de esquerda após as eleições. Um voto para que o PSDB/DEM não retorne com seus projetos privatistas, de venda do país, de criminalização dos movimentos sociais, de ampliação da guerra aos pobres, de redução da idade penal, de retrocesso da política externa, principalmente para América do Sul, e de outros mais que fariam, certamente, o Brasil retroceder.
Não quero o retrocesso. A votação que tive - mais de 177 mil votos - me coloca uma responsabilidade de alto grau. Não posso me esconder ou fingir que nada está ocorrendo. Não existe independência nesse momento. Isso não é real. Meu apoio e voto não representam aliança, combinações, acordos ou quaisquer procedimentos desse nível. Por isso não subiremos em palanque e não participaremos das atividades da campanha.
Mas reafirmaremos, divulgaremos e, com a mesma coragem para mudar que marcou o mandato e a campanha, divulgamos que o voto contra o retrocesso, nesse segundo turno, é o voto em Dilma. Eu vou votar assim
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
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