segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

LUIZ SÉRGIO VENCE O SEGUNDO TURNO NO RIO

postado dia 2009-12-07 as 18:04:00

O deputado federal Luiz Sérgio venceu o segundo turno das eleições internas do Partido dos Trabalhadores do estado do Rio de Janeiro. O resultado foi divulgado hoje (07/12) à tarde pela Secretaria de Organização, que ressaltou estar sujeito a correções e julgamento de recursos.

Luiz Sérgio alcançou 51,94% (14.625 votos) contra 48,06% (13.530 votos) de Lourival Casula, com quem disputou o segundo turno ontem (06/12). Para o deputado federal a democracia saiu vitoriosa, “vencer o PED significa a vitória da democracia do PT e a vitória daqueles que entendem que o partido precisa estar unido em defesa do projeto nacional”, declarou o novo presidente do PT-RJ.

A apuração final totalizou 28.155 votos válidos; 196 brancos e 78 nulos em 75 municípios do estado. Aproximadamente 29 mil petistas foram às urnas ontem declarar de forma democrática a escolha pela presidência estadual do partido.

A posse de Luiz Sérgio acontecerá no dia 10 de fevereiro de 2010, mesmo dia em que o Partido dos Trabalhadores completa 30 anos de existência.

http://www.ptrj.org.br/

Um caloroso abraço negro,

Helbson de Avila
APN - Barra Mansa/RJ

Comentário do Blog

O resultado ratifica um cenário de disputa interna do PT que consagrou o até então extinto campo majoritário, que implodiu a partir dos episódios de 2005.

A eleições de José Eduardo Dutra à presidência do PT e a obtenção de maioria absoluta no diretório nacional do partido, da chapa formada pelas correntes CNB, Novos Rumos e PT de Lutas e Massas, que, em 2005 e 2007, disputaram o PED em chapas e candidaturas presidenciais diferentes, foi resultado de dois fatores: um político, ligado ao sucesso do governo Lula, que redundou na união daquelas correntes numa mesma chapa e acabou por beneficiar o setor que já era majoritário na condução do partido, e uma estrutural, já que a votação de mais de 500 mil filiados foi marcada pela maior capacidade de uns setores em relação a outros de captação de recursos financeiros e materiais para a campanha, inclusive ao arrepio do regulamento do PED e do estatuto do partido.

O que se por um lado não deslegitima o resultado final do PED, que essencialmente é de fundo político, por outro, certamente contribuiu para que a diferença do resultado da chapa vencedora e do seu candidato à presidência nacional do PT em relação às demais fosse superlativizado.

Como a maioria instalada é que vai julgar os inúmeros recursos oriundos do Brasil inteiro, fica claro que tal julgamento pouco ou nada irá interferir no resultado final do PED.

Superado o trauma de 2005, resta saber se a maioria do partido vai trabalhar para aperfeiçoar os processos de disputas internas do PT, estimulando a criação de instrumentos e fazendo valer os já existentes, que os politizam mais e coibem a influência do poder econômico público e privado nas referidas disputas, ou simplesmente vai manter tudo como está, cujas consequências como vimos em passado recente foram nefastas para a imagem pública do partido.

No Rio, como era esperado em função da desiguladade das condições de disputa, no desfecho da qual o PMDB que governa o estado e a capital tinha interesse e jogou suas fichas, onde até ministros e assessores com assento muito próximo do presidente da República, cabalaram votos para a candidatura vitoriosa, se por um lado reflete a vitória de uma determinada leitura da apregoada "política nacional do partido", não reflete a vontade da maioria da militância do PT fluminense favorável a candidatura própria do PT, retratatada no surpreendente desempenho eleitoral de Lourival Casula e na eleição de delegados que vão participar do congresso estadual do PT no início do próximo ano.

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