sábado, 4 de setembro de 2010

DATAFOLHA NO BLOG TIJOLAÇO DE BRIZOLA NETO


O “aviso” sinistro do Datafolha

Felizmente, os diretores do Datafolha – aquele instituto que insistiu até à ultima evidência a admitir que Dilma liderava a intenção de voto da população – publicam hoje uma “análise” do processo eleitoral que nos faz lembrar como o poder das armações, embora não possa mais reverter a vitória popular pode, ainda, tornar mais complicadas as eleições.

Depois de admitir que, depois do “empate técnico, que perdurou de maio a julho”, a vantagem de Dilma xresceu fortemente e cristalizou-se a decisão de voto do eleitor (81% afirmam ter seu voto totalmente decidido), Marcos Paulino e Alessando Janoni evocam, de forma sombria, uma advertência:

“Dilma ficaria com 46%, Serra com 27% e Marina com 10%. Ainda assim, a petista teria 54% dos votos válidos.

Em condições normais, sem fatos que abalem a concentração do voto de um ou outro candidato, espera-se a manutenção da tendência.

Mas, vale a lembrança de que, em 2006, antes da denúncia dos “aloprados do PT”, Lula tinha em 4 e 5 de setembro 51% das intenções de voto contra 27% de Geraldo Alckmin (PSDB). O presidente chegou nas urnas com 45%, o tucano com 38% e houve segundo turno.”

Curioso que dois especialistas em estatística, que não conseguiam enxergar o óbvio – mais que óbvio, registrado em qualquer pesquisa que perguntasse se a indicação do presidente Lula influenciaria o voto – se aventurem a dizer que uma nova versão daquela história mal-contada possa criar condições contrárias às que suas próprias pesquisas – e todas as outras – indicam.

Parece mais torcida que ciência, ou, pior, uma advertência sinistra sobre o poder da mídia.
Porque os números da pesquisa mostram que não há qualquer sinal disso.

A convicção de que Dilma vai ganhar as eleições subiu é é imensa: assim pensam 69% dos entrevistados, contra apenas 15% que prognosticam uma vitória de Serra.

No voto espontâneo, Dilma tem 38%, contra 50% na estimulada. Portanto, 76% de suas intenções de voto são firmes ao ponto de serem declaradas sem estímulo. Serra tm 19%, para o total de 28% que o Datafolha lhe atribui. Logo, 67,9% de suas intenções de voto são sólidas o suficiente para independer da exibição de seu nome. Ah, e ainda há 3% declarados para “concadidato do Lula/candidato do PT”

Também na rejeição, o fenômeno se repete. Serra tem 31%, dez pontos a mais que Dilma.
E a televisão? Banho de Dilma, com 53% a 28% de opiniões sobre ela ter o melhor programa. E olhem que metade ainda não os assistiu.

Então, de onde aqueles luminares da ciência estatísticas tiram seu agouro?

É simples. Eles sabem o que deseja a máquina para a qual trabalham. Sabem que, agora, o essencial é evitar que o despencar de Serra leve à perda do bastião paulista do tucanato.É para isso que serve a manipulação que estão fazendo e, tanto é assim, que – podem reparar – Aécio Neves não entrou no coro. Ele sabe que isso é apenas para salvar o tucanato paulista e evitar que ele assuma o comando do PSDB.

E assim, la nave va. Como cederam antes, os números do Datafolha cederão agora. Mas devemos lembrar de que, como bem definiu o Barão de Itararé, o Datafolha é um instituro de pesquisas da opinião que se publica.

Ao contrário do que dizem eles sobre 2006, temos agora um presidente no auge de seu prestígio e um povo que percebe o resultado concreto da política popular e nacionalista que se aprofundou a partir do fim do primeiro governo Lula.

Não há como cobrir de “esquerda” e de “ética” as manobras. A podre direita brasileira exala miasmas inconfundívei

Um comentário:

  1. A Folha e o Estadão continuam a teimar nas velhas fórmulas.

    Hoje mesmo, a FOLHA teve a coragem de colocar no destaque principal o seguinte:

    Dilma vai a 50%
    e Serra a 28%,
    aponta Datafolha

    Pela primeira vez depois do início do horário eleitoral, não houve grandes mudanças.


    Ora, como na sondagem anterior, feita há uma semana, Dilma subiu mais um e Serra caiu mais outro. Logo, o subtítulo não faz o menor sentido.


    E, em segundo plano, bem depois, colocaram outra notícia:


    Mercadante sobe e reduz vantagem de Alckmin em SP, mostra Datafolha
    E só, lá, na última linha da pequena matéria, há uma citaçãozinha, sobre o dado concreto, que deveria ser a grande manchete - o real fato novo, importante...

    A diferença entre os dois diminuiu de 34 para 26 pontos, a menor margem desde o início da campanha.

    Na verdade, a primeira página de todos os jornais, de todas as emissoras de rádio e TV deveria ser: Alckmin cai 4 pontos e Mercadante sobe outros 4!!!

    E se esta tendência continuar, mesmo em um ritmo um pouco menor, 3 pontos de baixa de um e alta do outro, nas próximas semanas, há chance de um empate técnico - segundo turno....

    Teríamos, assim:

    11 de setembro: Mercadante com 27 contra 47 da direita decadente
    18 de setembro: Mercadante com 30 contra 44 da direita decadente
    25 de setembro: Mercadante com 33 contra 41 da direita decadente

    Se o Russomano, que tá aí para embolar, mantiver aqueles 7 pontinhos, teríamos 41 para o candidato da direita decadente contra mais ou menos a mesma quantidade de votos do Mercadante e dos "outros".

    Ou seja, possibilidade de segundo turno, para que, enfim, o PSDB e o DEM percebam que São Paulo também já está começando a acordar - em compasso com a vitória de Dilma, também neste estado...

    E o Estadão? Outro dia disse que o PT precisa aprender que, neste estado, a fórmula de colar a imagem do Lula ao candidato não adianta. Verdade?

    Não é hora de brincadeira, mas sim de melhoramos o estado de São Paulo!

    ResponderExcluir