Publicado em 14-Dez-2010
Foi o que eu disse em ato na ABI por Democracia Sempre...
Agradecido aos promotores do evento "Prêmio Democracia e Liberdade Sempre" (organizado pela CUT) pela homenagem prestada a mim e a outros companheiros em ato público na Associação Brasileira de Imprensa, na noite de ontem, publico abaixo trechos do pronunciamento que fiz na ocasião.
O meu agradecimento é, também, parte do que julgo do meu dever e trabalho no momento no país: batalhar pela regulação da comunicação e mostrar as razões pelas quais a velha mídia apresenta a medida como um "verdadeiro monstro" e como ameaça de censura à imprensa.
"O Brasil precisa de mais meios de comunicação. Cada vez mais. Os grandes veículos de imprensa temem a concorrência de novas empresas privadas. Mas, o Brasil precisa entrar no século XXI em matéria de mídia."
"(A regulação) Não é uma batalha simples. Vai ter muitas nuances, muitas formas. O que eles não querem é concorrência. É o que eles temem. Não é imprensa alternativa, de esquerda ou sindical. É a própria concorrência capitalista."
"Regulação não é censura à mídia. É ter um órgão regulador, como existe nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra. Adaptada às nossas necessidades e pactuada. Não é imposta a ninguém. Nós estamos numa democracia. É o Congresso Nacional que aprova. Se não pactuar, não construirmos consensos, não se aprova."
"(Na resistência à ditadura) Nós não pegamos em armas. Quem pegou foram as Forças Armadas, usurpando as armas que a Constituição lhes deu. Pegaram em armas para impor uma ditadura ao país. E foi contra ela que nós nos levantamos e resistimos. Nós só resistimos".
Eu falei, ainda, sobre o processo de redemocratização brasileiro, quando constatei que ele ocorreu a partir de uma articulação de uma frente ampla controlada pela centro-direita. "(Foi) Uma hegemonia que prevaleceu até a vitória do presidente Lula. E que ainda tem presença nos nossos governos pelas condições e características do nosso processo político."
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