segunda-feira, 6 de julho de 2009

ESTADOS: INDEFINIÇÃO DO PT EM SÃO PAULO

O PT dívidido em relação a tática eleitoral para a disputa estadual

A despeito da posição da direção estadual e da bancada estadual do PT de São Paulo favorável ao lançamento de uma candidatura petista ao governo do estado, e de haver cogitação de vários nomes petistas para a disputa - Marta Suplicy, o senador Aloísio Mercadante (que prefere disputar a reeleição ao senado) , o prefeito de Osasco, Emídio Souza, o ministro da Educação, Fernando Hadad, o senador Eduardo Suplicy e o deputado federal Antonio Paloccy, entre outros - o surgimento cada vez mais efetivo da candidatura a governador do deputado federal Ciro Gomes (PSB), que já mudou o seu domicilio eleitoral do Ceará para São Paulo, e a simpatia que nutre por essa candidatura parcela da bancada federal paulista do PT, além da indefinição da posição do presidente Lula a respeito do assunto, passou a pautar o debate eleitoral do partido naquele estado.

Para muitas lideranças petistas, abrir mão da candidatura própria, no principal estado do país, significa desacúmulo do que o partido construiu até o momento e uma revelação de fraqueza política e uma desmoralização da direção do partido, que pode ter repercussão eleitoral negativa para a candidatura da ministra Dilma Roussef à Presidência da República, já que, segundo algumas dessas lideranças, Ciro Gomes não tem passagem pela base do PT. Defendem então a existência de dois palanques em Sáo Paulo, para a candidatura presidencial da ministra Dilma Roussef - Ciro Gomes e a candidatura petista.

Por outro lado, a candidatura Ciro Gomes que, segundo fontes do seu próprio partido, foi articulada diretamente pelo presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e que conta aglutinar os partidos do chamado bloquinho de esquerda (PDT e PCdoB), objetiva retirar o deputado socialista da disputa presidencial, deixando o caminho livre para uma ampla coalizão partidária em torno da candidatura de Dilma Rousseff.

Por isso, alguns acreditam, pode atrair a simpatia do presidente Lula. cuja posição que assumir certamente terá forte influência na definição da tática eleitoral do PT naquele estado. Prova disso é que em recente entrevista concedida à Folha de São Paulo, o prefeito de Osasco, Emídio Souza, declarou que se Lula quiser Ciro Gomes, ele não disputaria a indicação do partido para a candidatura ao governo.

Enquanto a bancada estadual do PT de São Paulo articulou um manifesto com quinze assintaturas em favor da candidatura própria, uma parte da federal está em pleno movimento para conduzir o partido para o apoio a uma eventual candidatura de Ciro Gomes.

A única posição em comum nesse processo de armação petista do cenário político paulista. se refere a expectaviva em relação ao posicionamento do presidente Lula, que tudo, inclusive as pesquisas de opinião, levam a crer será o principal eleitor em 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário