Após pressão de Lula, PT-SP aceita negociação com Ciro
Diretório paulista recua e decide debater com aliados; Marta diz que presidente é "general"Cesar Ogata/Divulgação
Marta suplicy discursa em evento do Pt em Mauá, no sábado, ao lado de mebros do diretório
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL DA FOLHA
Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter pedido "maturidade" ao PT, a direção do partido no Estado recuou e decidiu iniciar imediatamente as negociações em torno da possibilidade de Ciro Gomes (PSB-CE) liderar uma chapa antitucanos no Estado.
A bronca na quinta-feira, Lula afirmou que o "PT precisa levar muito a sério" a candidatura de Ciro, deputado federal e candidato derrotado a presidente nas eleições de 1998 e 2002.
Na esteira da "bronca" do presidente, o Diretório Estadual paulista do partido aprovou resolução "conclamando" suas siglas aliadas no plano federal -PDT, PSB, PR, PC do B e PMDB- a iniciarem imediatamente a construção de um programa anti-PSDB, há 16 anos no poder em São Paulo.
"Esse processo dará a base a uma candidatura que unifique esse campo e dispute o governo paulista para ganhar", diz trecho da resolução, que teve o apoio da ex-prefeita e ex-ministra Marta Suplicy.
Em abril, o mesmo diretório havia aprovado texto em prol da candidatura própria do PT ao governo do Estado.
Anteontem, questionada sobre 2010, Marta, nome da sigla mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes, afirmou ser "soldado de um exército que tem general". "E é ele [Lula] quem tem de assinalar qual é a estratégia."
O grupo da ex-prefeita tem sido o mais refratário à possibilidade da candidatura Ciro em São Paulo. "Temos de ter calma, paciência, escutar os coligados, aliados e depois tomar uma atitude. Não há nada pronto", disse Marta em Mauá, onde participou de encontro do PT.
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