sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O IMPASSE DO PT DO ESTADO DO RIO


O PT do Estado do Rio de Janeiro está dividido entre o apoio a reeleição do governador Sérgio Cabral e o lançamento da candidatura do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias ao governo do estado. Não há nenhuma novidade em tal assertiva.

Principalmente por conta do último lance desta disputa, que foi a vitória dos defensores da segunda posição, ao aprovarem no diretório estadual do partido, a concessão de 30 inserções das 40 disponíveis, para aparição do prefeito no programa partidário de rádio e TV, que será exibido a partir do dia 25 de novembro em todas as emissoras do estado.

A notícia divulgada em alguns jornais que um grupo de petistas não identificados pretende recorrer à executiva nacional do partido, para mudar a decisão da instância dirigente estadual, só acirra a disputa, pois além de ser inóqua não conta com a adesão de influentes lideranças partidárias favoráveis ao apoio à Cabral, que pretendem reverter a maioria que hoje Lindberg Farias ostenta na direção do partido, no processo de eleições diretas, o PED, que será realizado no final de novembro

Se vão ter sucesso é outra estória, só o tempo dirá. Mas tal postura de aceitar o resultado da votação do diretório, preserva a autoridade da seção estadual do partido, e acena para a manutenção de uma convivência partidária civilizada, a despeito das diferentes táticas eleitorais.

Mas o mais grave não são as táticas eleitorais diferenciadas, mas a incapacidade dos dois blocos estabelecerem um mínimo de interlocução e o esgarçamento de tais relações, onde por uma lado se verifica uma adesão subalterna ao governo Cabral, sem debate programático e contrapartidas, por outro uma total rejeição a tal postura, que serve para fortalecer as pretensões de Lindberg Farias e das diversas lideranças partidárias que as apoiam.

Como há um vácuo de direção no partido, o presidente Alberto Cantalice termina o seu mandato de forma dramática, logo ele que se elegeu em primeiro turno e construiu maioria na direção, mas agora vê aliados e eleitores se voltarem contra ele, a política que defende e a forma como conduz essa política, o melhor a fazer é aguardar a construção de uma nova direção partidária, que, independentemente da tática eleitoral que ela represente, seja capaz de conduzir o partido de forma autônoma e altiva.

Um comentário:

  1. Amigos,
    Como disse anteriormente, cada vez mais Lindberg põe o PMDB e Cabral em xeque.
    Não se pode afirmar de hoje até o dia 22 de novembro, data das eleições internas do PT, que teremos candidatura própria ou aliança com PMDB.
    Porém, a vontade do Lindberg em ser candidato a Governador do Rio tem ganhado musculatura a cada dia, dentro e fora do PT, isso ninguém pode negar.
    A sua capacidade de mobilizar e motivar é impressionante, o que tem deixado Sérgio Cabral de cabelo em pé, a ponto do governador estar abrindo o cofre e oferecendo cargos a vários setores fisiológicos do PT, na tentativa de cooptá-los. Lamentavelmente isso parece ser verdade.
    Esperamos que a base do PT do RJ tenha capacidade de analisar este quadro político-eleitoral, e saia disposta a dar um basta nesta submissão do nosso partido as elites políticas dominantes.
    Temos um candidato preparado, disposto, amadurecido e com viabilidade eleitoral, porque buscar candidaturas que nada tem haver com nosso perfil político?!
    lindberg é nosso e Sérgio Cabral é das elites!!!
    Vamos PT, vamos a luta!!!

    André Au Au Barbosa
    Sec. Geral do PT de Macaé
    Candidato a presidência do PT-Macaé-520

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