Juliana Cipriani - Estado de Minas
Publicação: 17/04/2010 11:36 Atualização: 17/04/2010 12:32
O presidente do PT de Minas, Reginaldo Lopes, se disse surpreendido com as declarações do líder do governo, Cândido Vaccarezza, de que em 9 de maio PT e PMDB anunciarão o nome que lançarão juntos ao governo. “Ficamos estarrecidos, a tese de como vamos atuar na sucessão estadual só será submetida ao congresso do PT em 21,22 e 23 de maio. Antes disso o único encaminhamento é pela candidatura própria do PT”, afirmou. O dirigente deixou claro ainda que os mineiros não vão aceitar intervenção de Brasília. “Não adianta fazer acerto nacional porque o PT de Minas não se responsabiliza”, afirmou.
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Partidos tentarão "voo solo" em Minas PSDB visita Sensus para averiguar dados de pesquisa Petista rebate acordo para apoiar Hélio Costa em MG Minas ameaça aliança PT-PMDB Indefinição no PT afasta Dilma de Minas Lopes também respondeu ao senador Hélio Costa, pré-candidato do PMDB ao governo, que anteontem voltou a ameaçar os petistas com a possibilidade de tomar outro rumo. Na ocasião, o ex-ministro chegou a dizer que Minas tem maioria para decidir sobre a aliança nacional com o PT em torno da pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff e que este poder de fogo seria usado se o acordo mineiro não sair. “Lamento que essa seja a postura do PMDB, porque para mim só existe um critério para continuar conversando com o PMDB de Minas com o apoio total à ministra Dilma. Se alguém tem dúvida de identidade, para mim está encerrada a discussão”, afirmou.
O dirigente do PT disse que nenhum partido vai impor prazos ao PT e informou ainda que apresentará a tese do palanque duplo para votação dos delegados e disse que Vaccarezza está livre para propor que o PT abra mão da cabeça de chapa. Para Reginaldo Lopes, a pressão de Hélio Costa por uma definição está dificultando o processo. “Nosso prazo é o da Justiça Eleitoral. Temos até 30 de junho para resolver nossa aliança com o PMDB”, afirmou.
O ex-prefeito Fernando Pimentel chamou de “boataria” o acordo entre PT e PMDB que teria sido fechado nacionalmente. “O que tem de certo é que queremos mesmo uma chapa só e forte. Mas ainda não tem nomes”, disse em sua página no twitter. Pimentel acrescentou ainda que os petistas brigarão pela cabeça de chapa. “Vamos fazer a prévia no PT em 2 de maio para escolhermos o nome que vai entrar na negociação com o PMDB e, claro, vamos pedir a vaga de governo”, afirmou.
Patrus disse a um site estar em sintonia com Pimentel e que as prévias são para valer. Sobre a hipótese de interferência do próprio presidente Lula, o ex-ministro também foi taxativo. “Quem dá a palavra final no PT é o PT. São as instâncias partidárias.”
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