Manifesto interno ao PT
O PT/RJ, nas suas últimas deliberações, tem demonstrado a compreensão do quanto é importante a articulação de forças políticas que possam, unidas, viabilizar eleitoralmente a vitória da companheira Dilma Roussef para Presidência da República.
Esta vitória é fundamental para consolidar e ampliar as conquistas que o povo trabalhador brasileiro e o nosso país vêm obtendo no Governo do Presidente Lula, a saber: um desenvolvimento sócio-econômico sustentável, com distribuição de renda focada nas regiões e classes sociais historicamente discriminadas, com responsabilidade macroeconômica reconhecida, e com um protagonismo inusitado na América Latina e no Mundo capaz de colocar o Brasil hoje como um destacado player no pesado jogo de poder internacional.
Tal estratégico projeto democrático-popular, para ser eleitoralmente exitoso e vir a ser político-administrativamente viável enquanto Governo, exige que nos Estados o PT disponha-se a somar forças com partidos que fazem parte da base de alianças do Governo Lula. Por outro lado, nosso partido há que sempre dialogar com seus parceiros tendo consciência – e explicitando esta consciência – da importância de seu papel na composição das alianças e da legitimidade de, com uma indispensável altivez, postular espaços políticos que expressem uma afirmação partidária compatível com sua relevância política.
Em nosso Estado, o PT/RJ optou por compor politicamente com outros partidos, a começar pelo PMDB, que liderará, via candidatura do Governador Sérgio Cabral, a aliança que, esperamos, viabilize uma vitória consagradora da chapa Dilma – Cabral. Agora, cabe sobretudo ao PMDB – como legenda hegemônica em nosso Estado – dispor-se a reconhecer e construir soluções que contemplem a força e a tradição política dos partidos aliados, a começar pelo PT.
Sendo 4 os cargos majoritários em disputa – Governador, Vice-Governador e 2 Senadores -, parece ser por demais inusual (para dizer o mínimo) a pretensão de um único partido indicar candidatos a 3 deles. O certo é que o PT/RJ, que legitimamente poderia reivindicar a indicação de Vice-Governador e não o fez, preferindo lutar por uma cadeira no Senado para 8 anos – deixando a indicação do Vice para algum outro partido coligado ou para o próprio PMDB se assim as demais forças parceiras entenderem de aceitar -, deve apresentar uma chapa completa para o Senado – um titular (Lindberg Farias) e dois suplentes – com nomes de nosso partido de comprovada militância e representatividade nas lutas político-eleitorais e nos movimentos sociais ocorridos em nosso Estado nas últimas décadas.
A justeza e coerência desta postulação é inequívoca. O PMDB/RJ, mercê tanto do enorme apoio que tem recebido do petista Presidente Lula quanto da colaboração de proeminentes petistas ao Governo Cabral, deve ao PT/RJ uma atitude de parceiro reconhecido.
Isto posto, para que o PT/RJ tenha assegurada sua representação, por 8 anos, no Senado Federal, mesmo na eventualidade de, em sendo eleito, nosso candidato a Senador – Lindberg Farias - vir a ocupar algum outro cargo político-administrativo de grande relevo, cabe-nos garantir que as suplências de Senador fiquem a cargo de petistas. Assim, pela afirmação do nosso partido e pelo fortalecimento da aliança em torno da chapa Dilma – Cabral, o rumo certo é : chapa própria do PT para o Senado Federal.
(Enviado por Godofredo Pinto, ex-prefeito de Niterói)
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