domingo, 10 de outubro de 2010

DILMA DENUNCIA GUERRA SUJA E CONSERVADORA

Dilma: "não esperava ouvir que eu comia criancinhas"

Dilma Rousseff (PT) disse que espera um debate esclarecedor neste domingo e prometeu não torná-lo conservador. Foto: Raphael Falavigna/Terra

Dilma Rousseff (PT) disse que espera um debate esclarecedor neste domingo (10) e prometeu não torná-lo conservador

Foto: Raphael Falavigna/Terra

Claudio Leal
Direto de São Paulo

Horas antes do primeiro debate do segundo turno, que será realizado neste domingo (10) na TV Bandeirantes, a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, visitou a Bienal de São Paulo e criticou, em conversa com os jornalistas, a "guinada conservadora" do seu adversário José Serra (PSDB) na corrida eleitoral.

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Sem nominar, Dilma rebateu uma declaração atribuída a Mônica Serra, ex-primeira dama de São Paulo e mulher do candidato tucano, que havia declarado em setembro, no Rio de Janeiro, que a petista era a favor de matar criancinhas. Para a candidata, isso é uma campanha da Guerra Fria. "Fui acusada de coisas da Guerra Fria dos anos 50. Disseram e vocês gravaram: 'ela comia criancinhas'. Eu jamais esperava ouvir isso. Não foi só conservador, mas beirou às acusações absurdas da guerra-fria", afirmou a candidata.

"Eu não tenho o menor interesse de virar conservadora. Não faço nenhuma virada à direita para aparecer", prosseguiu em novo ataque a Serra.

Para o debate deste domingo (10), a candidata espera um encontro esclarecedor e promete não torná-lo conservador. Ela ainda comentou o resultado da pesquisa Datafolha, divulgado no último sábado(9), que a coloca com 48% das intenções de voto (54% dos votos válidos). "Vou repetir pela 29ª vez: não comento pesquisa porque é um retrato do momento e ninguém tem certeza da precisão", desconfiou.

Entre as instalações visitadas pela petista na Bienal de São Paulo, está a polêmica obra do artista Gil Vicente, que coloca o presidente Lula e o ex-presidente Fernando Henrique Cardozo em cenas violentas. "Nessa história de tolerância, a cultura não pode ser objeto de censura. As obras trabalham com o simbólico. Esteticamente é uma obra até bonita, mas o que quis dizer são outros 550."

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