Dilma ainda não escolheu ministro da Saúde, diz Cardozo
Governador do Rio, Sérgio Cabral, havia anunciado Sérgio Côrtes para a Pasta
O deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), um dos coordenadores do governo de transição da presidenta eleita, Dilma Rousseff, disse hoje que Dilma ainda não escolheu quem será o ministro da Saúde do seu futuro governo.
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A presidenta eleita participou hoje, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, deuma reunião com um grupo de representantes do setor. Segundo Cardozo, Dilma disse aos médicos que o ministro da Saúde não foi escolhido.
Questionado sobre por que o nome de Sérgio Côrtes foi anunciado como o futuro ministro da Saúde pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), Cardozo desconversou e disse que essa pergunta deveria ser feita a Cabral.
Cardozo também não disse se o nome de Côrtes está descartado. Segundo ele, Dilma não fez qualquer consideração sobre nomes, nem confirmando nem descartando. “Quando ela tiver o nome, vai informar”, afirmou o deputado. "Como toda a equipe ministerial, a decisão do nome é da presidente eleita."
De acordo com ele, a presidenta eleita observou que o futuro ministro da Saúde será “um nome de extrema capacitação, que seja transformador na área da Saúde”.
Gestão e financiamento
Ao responder se a questão da volta da Contribuição Sobre Movimentação Financeira (CPMF) foi discutida na reunião, Cardozo disse que, para a presidente eleita, “há uma situação de subfinanciamento na saúde, mas também de subgestão, e que, portanto, no primeiro período de seu governo, ela acha imprescindível dedicar-se à questão de gestão”.
Segundo o deputado, Dilma ressaltou que os recursos existentes podem ser “potencializados de forma a gerar melhores resultados”. Assim, a discussão de fontes de recursos para o setor na saúde não precisaria passar necessariamente pela elevação ou criação de tributos, argumentou.
“Em relação às formas de financiamento da saúde no futuro, ela evidentemente não se furta a discutir essa questão”, afirmou Cardozo. “Há várias entidades e pessoas que são favoráveis e várias que são contrárias. Cabe à presidente eleita ouvir e formar sua convicção.” O coordenador da transição destacou ainda que todos os depoimentos dos presentes à reunião foram gravados e serão analisados para que sirvam de referência para o futuro ministro da Saúde e para a presidenta eleita.
O atual ministro da Saúde, José Gomes Temporão e o diretor do Hospital do Coração (Hcor) e ex-ocupante do cargo Abid Jatene foram os expositores do encontro, que contou ainda com a participação do presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS), José Carlos de Souza Abrahão; o presidente da Federação Brasileira dos Hospitais (FNH), Luiz Armicy Bezerra Pinto e o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha, entre outros.
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